Madeira
Fomos à (ilha da) Madeira! Fomos em setembro já ─ mas tirar as fotos da máquina fotográfica e passá-las para o computador para montar o álbum da viagem é mais ou menos como estender roupa lavada em 10 minutos mas só a arrumar cerca de 27 dias depois de a ter recolhido. Todo um interregno.
Mas bem, Madeira ─ esse sítio onde uma meia de leite é uma chinesa, um túnel é um furado, um táxi é um abelhinha, um chuchu é uma pimpinela, um cacho de bananas é uma penca, uma minhoca é uma vaca preta, as hortênsias são novelos, os aloés são babosas, os lisboetas são cubanos e todo o metro quadrado é um pequeno jardim.
Não apanhámos tabaibos nem andámos nos carreiros (carros de cesto), mas laureámos a pevide por diversas instâncias da floresta Laurissilva na ilha: fomos ao Monte Palace, fizemos 13 quilhómetros pela levada do Caldeirão Verde e ainda metemos os tilhes pelas mãos no bosque de tiles do Fanal, que são tal como já descreveram: «árvores centenárias, inclinadas, entre o mágico e o fantasmagórico que nos fazem entrar num cenário que lembra os filmes de Harry Potter».
Fomos a abrigos e a tabernas beber poncha, nikita, sidra e vinho Madeira; ficámos a saber o que era um pé de cabra (mas não nos aproximámos dele) e atirámos com cascas de amendoim ao chão porque assim ditavam as regras da casa.
Nadámos no oceano, deitámo-nos na toalha ao lado de caranguejos pretos e vermelhos, estacámos na Calheta para ver uma pessoa a fazer bungee jumping, comemos bolas de Berlim em Santana, picadinho e espetadas em Câmara de Lobos e experienciámos o efeito Foehn na subida de teleférico para o Monte.
E bananeiras? E não são muitas, e não são poucas; bastantes. Um facto engraçado sobre elas é que cada bananeira é uma one-hit wonder, isto é, produz exactamente um único cacho de bananas, para morrer logo a seguir. Um cacho pode pesar 40 a 50kg, em média (julgo que equivale a 100 ou 150 bananas, por aí).
Segue-se um pequeno registo fotográfico, carregadinho de humidade, mas não sem antes deixar uma menção honrosa ao Duarte, à Anita, à Raquel, ao Francisco, ao Paco e à Luna.
A aterragem. Dizem os madeirenses que aterrámos pelo lado certo da ilha, coisa rara de se ver.
Calçada em escaravelho, a calçada tradicional madeirense.
Eu e ma chico em Machico, o nosso primeiro poiso.
Já a mandar postais em Machico.
Abelhinhas no centro do Funchal.
O porto lá ao fundo.
Tirei a pinta aos autocarros da Rodoeste. É possível que a senhora no assento da frente me estivesse a fazer um pirete.
Quando a vida te dá tempestades, faz uma Praça do Povo. Foi o que fez a Madeira na zona da baía funchalense, onde construiu esta praça «com o depósito de inertes que foram sendo recolhidos por toda a ilha» na sequência do temporal de 2010.
Happy hour.
As ilhas Desertas ao fundo.
Na Praça da Autonomia, em que vemos uma estátua esculpida em bronze e placas de betão representando «uma mulher que irrompe, simbolizando a autonomia do arquipélago arrancada a ferros». Bela! Obra-prima de Ricardo Veloza.
Paragem casual na subida para o parque de Santa Catarina para me esmurrar a mim própria.
Tentativa muito falhada de uma perspectiva forçada.
No mercado dos Lavradores, polo abastecedor da cidade.
Banana (da Madeira, duh) a 1€!
Bananeiras!
Pôr-do-sol a partir das piscinas naturais do Lido.
Mais Lido, agora em pleno dia. Piscina de água salgada.
"Prego" de filete de peixe-espada preto em bolo do caco + cerveja Coral + vista sobranceira ao oceano com a nau de Santa Maria ao fundo = living the madeirense life.
Furado na Doca do Cavacas (entre o Lido e a Praia Formosa).
Subida de teleférico para o Monte.
No Jardim Tropical Monte Palace.
Humidade, é da humidade.
Patas-de-elefante. 💚
Patas-de-cavalo. 💚
Patas-de-humano.
Já fora do Monte Palace, mas ainda no Monte, na quinta onde o João passou muitos verões adolescentes e da qual guarda muitas e bonitas recordações. Mais tapete escaravelhado com tons outonais.
Andorinhas, claro que.
Num dos refúgios montanheses que a Raquel nos deu a conhecer.
No miradouro da Eira do Serrado. O remoto Curral das Freiras lá em baixo.
Dizem que algumas são levadas da breca...
🥾🥾🥾🥾
No final da levada, mas em que não se vê o início. (Claro está que esta foto teve que levar com alguma borracha mágica, para eliminar algum Zé Povinho.)
O caralhinho é que é.
Um transeunte camuflado em Câmara de Lobos.
Um croissant (🥐) no Cabo Girão.
Uma poncha e duas niquitas entram num bar...
...forradinho de cima a baixo.
Poncha de hortelã-menta na Ponta do Sol. 💚💙
Pela Costa Norte. Arco de São Jorge.
São Jorge.
A fechar o dia em que fizemos a levada no Justino's. Vinho da Madeira para mim, nikita para a Raquel e ponchas para os rapazes.
Na Ponta do Pargo.
Piscinas naturais do Porto Moniz lá em baixo.
☁
Se não parece mesmo um caldeirão.
No Fanal.
Vaquinhas!
Mais vaquinhas!
Prótea-real, a rainha das próteas. Na casa-jardim do Duarte e da Anita.
Eu e o Paco no banco dos namorados da casa-jardim do Duarte e da Anita.
Antes do voo de regresso a Lisboa, ficámos a ver sucessivos aviões a descolar e a aterrar no aeoporto e, entre pesquisadelas no Youtube de aproximações engenhosas à pista (engenhosas por causa do vento característico da Madeira), dei de caras com este vídeo que tem uma caixa de comentários inesperadamente hilariante:
I was the pilot of this flight. I'm very surprised someone was filming the touch down. Thank you very much for all your kind comments - they mean a lot. See you on board soon!
I was the wind that day and I was very surprised how perfectly this pilot landed.
I was trees in the background that day and I can tell you it was very windy. I could barely stand straight not loosing my leafs but the pilot landed a plane in such weather. Good job!
I was the tarmac that day, i was very surprised at how hard the wheels hit me. Thanks for all your comments.
I was the Ronaldo bronze statue in Madeira that specific day. I saw the landing but not quite the touch down because it was behind a tree. Now that I see it here on video, I can say, wow, what a great landing!
I was the plane that day and I was very surprised how perfectly this pilot landed me.
I was the flight data recorder that day and I was very surprised at the particular sequence of ones and zeroes on the approach. I am translating all your comments via hexadecimal into binary right now to understand you all. Ah, I see. Thanks for all your kind comments!
I was the first officer on this flight. I'm very surprised someone was filming the touch down. Thank you very much for all your kind comments - they mean a lot. See you on board soon
I was the bird that day I was very surprised how perfectly pilot was gliding the plane like I did when I was a young.
I was the left wing of this plane. I didn’t think we would make it without collision, but our pilot was incredibly skilled and saved the day. For the record, I am now the center of the plane… No more left wing.
Até para o ano, Madeira!